"COMPOSITION FOR USE IN THE PREVENTION AND/OR TREATMENT OF DISEASES MEDIATED BY TLR4, IL1R, COX1/2 AND/OR RBP4”. Esse é o título da tecnologia depositada no último mês de julho.
O pedido de patente é resultante do acordo de parceria para Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) realizada para desenvolvimento da invenção intitulada "Propriedades anti-TLR4, anti-IL1R e anti-COX de ingredientes ativos isolados de Hyptis Pectinata”, desenvolvida pelo professor James Almada da Silva, do departamento de Farmácia do campus de lagarto da UFS.
A nova tecnologia teve seu pedido de depósito de patente realizado na Espanha Escritório Europeu de Patentes / European Patent Office (EPO) sendo a titularidade da invenção dividida entre a UFS e a FIDIS.
Parceria institucional
A parceria foi oficializada entre a Universidade Federal de Sergipe, através da Coordenação de Inovação e Transferência de Tecnologia (CINTTEC) e a Fundación Instituto de Investigación Sanitaria de Santiago de Compostela (FIDIS) da Espanha.
Segundo o coordenador da CINTTEC, Professor Antônio Martins, o estabelecimento de parcerias com entidades de diversos países e de extrema relevância para a universidade, principalmente no que se refere a geração de novas tecnologias e proteção da propriedade intelectual. O mercado de plantas medicinais está em expansão global e vem aumentando rapidamente em muitos países. A Europa é, reconhecidamente, um hub de produtos à base de plantas, o que contribui para o crescimento do mercado mundial de fitomedicamentos. Já o mercado de gerenciamento da dor foi avaliado em cerca de US$ 67.460,8 milhões em 2021, e espera-se uma receita de US$ 89.482,3 milhões em 2027, com um CAGR (taxa de crescimento anual composto) de 4,65% durante esse período.
Sobre a Invenção
De acordo com o professor James Almada da Silva, a Hyptis pectinata L. Poit é uma planta medicinal utilizada tradicionalmente para tratar infecções, dores e inflamações. Com base nisso, a pesquisa investigou o potencial biológico de três substâncias isoladas desta espécie. Os resultados mostraram ausência de efeito citotóxico em células ósseas/cartilaginosas, além de bloquear os receptores TLR4 e IL1R e inibir as enzimas COX-1/2. Estes receptores estão relacionados com as respostas imunes inatas, especialmente ligados a doenças reumáticas, onde ocorre inflamações e danos teciduais. As enzimas COX-1/2 estão diretamente envolvidas em processos de inflamação e dor. “Portanto estes resultados sugerem que estas substâncias podem ser utilizadas como possível ferramenta no tratamento de doenças mediadas por respostas imune inatas”, acrescenta o Professor.